A interioridade e libertação da Páscoa!
A celebração da Páscoa sempre se revelou como o maior festejo da civilização! Também o era na interioridade beirã, nas pequenas as aldeias onde se revitalizava a alegria da Primavera e o pulsar da juventude, e até a míngua acentuada fazia sobressair o fulgor da humanidade… Era quase sempre o abril que tomava de assalto os montes e libertava os povoados das longas noites com a fulgente luz e o tinido sonoro do anúncio da aleluia! O pároco da freguesia vinha abençoar os lares com a boa nova da ressurreição, restituindo Deus em cada vida, na saúde e pão condizentes! Era por isso, aquela passagem religiosa, emoldurada pela natureza, que exultava a partilha e o convívio popular, muito para além da oração ou do lazer soalheiro, que conferia a fé, naquelas gentes, dando-lhes a coragem e o alento da liberdade!