Um Verão na aldeia da serra do Açor!
Irrompe a aurora e amanhece Sublime e dourada montanha Sob a luz natural resplandece À aldeia uma alegria tamanha Tinidos de chocalho distantes Entre matos e terras errantes Vozes que denunciam o labor Até ao ecoar dum maior sinal Da ida à capela, reza habitual Suplica dum destino de amor O findar da tarde soalheira Proclama a vinda da friúra, Recolhe o gado na palheira Em lameiros de terra dura; A Lua surge no firmamento Exaltando carícias ao vento, Alva esperança pelos céus, E todo o escuro que ali vive E a par da solidão sobrevive Agraciam e louvam a Deus!