Sentir(o)(olhar!

O mundo está coberto de densas nuvens (pelo menos numa parte do hemisfério), a noite paira sobre a terra e vai obscurecendo o nosso olhar… mergulhamos na penumbra à procura de um ideal e ficamos submergidos na amargura e no efémero que trespassa a humanidade… num universo politico e social cada vez mais conturbado, reflexo duma sociedade cada vez mais mediática e fugaz… Perante este cenário bucólico, agravado com os problemas do desemprego, acentuam-se as angústias da juventude, a ausência de valores cristãos avassalam as nossas famílias, o prazer imediato e valorização material resvalam para a imoralidade… Foi neste sombrio horizonte, enquanto não alastra o dia e o alento da luz cristalina da primavera, que celebrámos a festividade do Carnaval, tempo para libertar o recalcado espírito, soltar o corpo do marasmo do quotidiano… Mesmo que não tenhamos motivos, é sempre belo contemplar o rosto cândido e sorridente de uma criança, a genuína gargalhada do voluntário folião… ainda é p

Esta terça-feira, dia 2 de Fevereiro , soleniza o dia de Nossa Senhora das Candeias , uma das mais distintas e brilhantes festas cristãs, celebrada em várias localidades de Portugal, onde foi instituída a partir do século XIII. No entanto, as suas origens remontam a tempos bem antigos, aos primórdios do cristianismo. Começou por ser uma festa mariana, com o nome de Nossa Senhora da Purificação (pelo rito judaico da purificação das mães, evocado no Evangelho) e Nossa Senhora das Candeias (pela procissão de velas em que se cantava Jesus como Luz das Nações, segundo as palavras de Simeão). O papa Gelásio (492-496) resolveu instituir um solene cortejo nocturno em homenagem a Maria Santíssima, convidando o povo a comparecer com círios e velas acesas e cantar hinos em louvor de Nossa Senhora, mas com a reforma litúrgica do Vaticano II, passou a ser uma Festa do Senhor: a Apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém. Esta alteração assenta no preceito da lei dada a Moisés, em que todo