Pelos caminhos da serra beirã...!
Hoje é dia de São Matias, um dos discípulos que seguiram Jesus, desde o começo da sua vida pública, tendo vivido todo o drama da paixão, morte e Ressurreição. Conforme o relato bíblico, ocorreu poucos dias antes do derramamento do espírito santo, no dia de Pentecostes do ano 30 ou 33 DC, a sua eleição para substituir Judas que se havia tornado traidor.
Matias esteve intimamente associado com os apóstolos, provavelmente um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas, após a sua escolha, ele foi "contado com os onze apóstolos" pela congregação e quando o livro de Actos fala dos "apóstolos" ou dos "doze", isso incluía Matias.
Matias primeiro pregou o Evangelho na Judeia, seguindo para a Etiopia e, posteriormente para a região da Cólquida (agora conhecida como Georgia Caucasiana), onde terá sido crucificado e sepultado, segundo indica um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara.
...ao encontro de uma pequena aldeia!
É mais ou menos por esta altura, quando o calor se começa a espreguiçar no desbravar do Maio, florido e solarengo, que surgem, na melancolia do pensamento, as lembranças da aldeia perdida no interior da serra. Para lá chegarmos atravessávamos as estradas velhas e estreitas, curvilíneas, subidas de terra, íngremes e prolongadas, atravessando florestas de pinheiros, observando de forma privilegiada e panorâmica os horizontes naturais e sumptuosos. Num tempo em que ainda não existia o culto do automóvel, agora bem indispensável (mesmo na dependência do exorbitante preço do combustível), seguíamos de táxi, afastávamo-nos do bulício cosmopolita e entrávamos, excitantes, pela madrugada acima, ao encontro do fresco alvor dos montes e do aroma de pinho.
Vasculho imagens antigas, antes da chegada das máquinas que abriram as estradas amplas e asfaltadas, esbatendo as proeminências dos desfiladeiros, tirando a aldeia do isolamento, prolongando por ali outros destinos; muito antes da vegetação reconquistar os caminhos perdidos nas montanhas, por onde deambulávamos à procura do culto religioso ou dos piqueniques na Barragem, calcorreados alegremente no silêncio cúmplice das confidências que partilhávamos na ida para as festas.
Ilustrações que não esquecem os carismáticos e velhos anciões, residentes na aldeia, robustecidos pelas agruras do tempo, favorecidos pelo fulgor intelectual apreendido na lide campestre, que nos acolhiam de braços abertos no enlevo do seu reduto e que hoje repousam na encosta sobranceira, na escuridão da eternidade, brilhando, todavia, nas nossas recordações…
Matias esteve intimamente associado com os apóstolos, provavelmente um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas, após a sua escolha, ele foi "contado com os onze apóstolos" pela congregação e quando o livro de Actos fala dos "apóstolos" ou dos "doze", isso incluía Matias.
Matias primeiro pregou o Evangelho na Judeia, seguindo para a Etiopia e, posteriormente para a região da Cólquida (agora conhecida como Georgia Caucasiana), onde terá sido crucificado e sepultado, segundo indica um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara.
...ao encontro de uma pequena aldeia!
É mais ou menos por esta altura, quando o calor se começa a espreguiçar no desbravar do Maio, florido e solarengo, que surgem, na melancolia do pensamento, as lembranças da aldeia perdida no interior da serra. Para lá chegarmos atravessávamos as estradas velhas e estreitas, curvilíneas, subidas de terra, íngremes e prolongadas, atravessando florestas de pinheiros, observando de forma privilegiada e panorâmica os horizontes naturais e sumptuosos. Num tempo em que ainda não existia o culto do automóvel, agora bem indispensável (mesmo na dependência do exorbitante preço do combustível), seguíamos de táxi, afastávamo-nos do bulício cosmopolita e entrávamos, excitantes, pela madrugada acima, ao encontro do fresco alvor dos montes e do aroma de pinho.
Vasculho imagens antigas, antes da chegada das máquinas que abriram as estradas amplas e asfaltadas, esbatendo as proeminências dos desfiladeiros, tirando a aldeia do isolamento, prolongando por ali outros destinos; muito antes da vegetação reconquistar os caminhos perdidos nas montanhas, por onde deambulávamos à procura do culto religioso ou dos piqueniques na Barragem, calcorreados alegremente no silêncio cúmplice das confidências que partilhávamos na ida para as festas.
Ilustrações que não esquecem os carismáticos e velhos anciões, residentes na aldeia, robustecidos pelas agruras do tempo, favorecidos pelo fulgor intelectual apreendido na lide campestre, que nos acolhiam de braços abertos no enlevo do seu reduto e que hoje repousam na encosta sobranceira, na escuridão da eternidade, brilhando, todavia, nas nossas recordações…
Nenhum deles conheceu a avidez de hoje, a velocidade furiosa das auto-estradas, a vertigem periclitante das nossas vidas, o vão desenvolvimento carregado de efémera moralidade. Ainda me lembro dos primeiros carros que chegaram ao cimo da povoação: uma carrinha Bedford, um Ford Escort ou um Toyota Corola. Ainda viajei nas superlotadas expedições efectuadas para as festas de verão, onde conheci encantadas raparigas de contos, mas isso já faz parte de outra história…
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