Viver com emoção!


Hoje é dia de Santo André

André, nasceu em Betsaida, junto das margens do Mar da Galileia. Tanto ele como seu irmão Pedro eram pescadores, e foram chamados por Jesus para serem seus discípulos dizendo que faria deles "pescadores de homens".

André é mencionado nos evangelhos como estando presente em diversas ocasiões de importância, como um dos discípulos mais próximos de Jesus. André pregou na Ásia Menor e na Cítia, ao longo do mar Negro, chegando até o rio Volga e Kiev - daí que se tenha tornado padroeiro da Romênia e da Rússia. Terá fundado a sede de Bizâncio (Constantinopla), em 38 d.C., Patriarcado do qual André é reconhecido como santo padroeiro.

O destino de suas relíquias varia de acordo com as diversas tradições; seus ossos, inicialmente em Patras, cidade da qual Santo André é o patrono, teriam sido levados para Constantinopla, por decreto imperial; no entanto, uma tradição escocesa afirma que as relíquias teriam sido levadas para a cidade Saint Andrews; a bandeira da Escócia apresentaria a sua cruz, que, após a união da Escócia com a Inglaterra, passaria a fazer parte da bandeira do Reino Unido.



Numa situação intensa não sabemos que dizer. Para isso é que há o formalismo do silêncio, traduzido num abraço de emoção ou nos «sentidos pêsames» sem emoção nenhuma!

As emoções despertam-nos da apatia do quotidiano, quais estremeções que nos sacodem duma viagem tranquila, denunciando o acidentado percurso ou resplandecentes paisagens que passam desapercebidas no egocêntrico viver, no olhar embaciado das janelas, espelho duma alma enclausurada na bruma, distante da luz ampla do horizonte…
Mas são as tribulações que são contornadas pela inocência infantil ou extasio da adolescência, que vincam o carácter, fazem brotar da aridez humana, seres magnificentes, desprendidos da terra, mais próximos de Deus!
Porque se a mente estiver sintonizada com o coração, o tempo absorve a crueldade do olhar, cicatriza as feridas da alma desavinda, gangrena dum sofrimento profundo, provocado pela perda ou brusca fragilidade do corpo, penosos acontecimentos que atingem a velhice ou o desabrochar da vitalidade...

Neste cadente desenrolar do tempo, o que realmente nos dá estabilidade e abriga do enlouquecimento ou depressão é a incomensurável porção de amor que ferve na corrente sanguínea; o barro aquecido pelo calor maternal que nos deu a maleabilidade para irmos crescendo, moldando às situações, solidez para suportar os embates inoportunos, a alegria expressiva proporcionada pela obra criadora de Deus…

É essa estabilidade emocional que nos eleva acima dos obstáculos, nos deixa à tona das contrariedades, ou agarrados à bóia divina dum espírito intercessor, que nos guia pelos melhores caminhos, quando a noite se abate em dúvidas, a angústia turva o discernimento nas encruzilhadas da vida...

São amiúdes as vacilações mundanas, mas quantas foram as suplicas atendidas, quantas vezes a rotação do planeta foi corrigida para se adaptar ao nosso anseio ou pretensões, no secreto e aparente quotidiano, quantas vezes a nosso sentida oração teve retorno, quantas vezes o rumo dos acontecimentos foi mais favorável que a nossa convicção…

Apesar de tudo, é usual ouvir dizer que nunca temos tempo, que a vida foi curta para gozo e diversão, que foi triste a nossa vida, qual fado de uma comovida canção…, mas se medirmos o alcance da nossa importância, o impacto nas pessoas amadas, analisarmos o trajecto terreno, constatamos que abundaram episódios reconfortantes, verificamos que afinal Deus foi benevolente e bondoso…
Muitas foram as experiencias gratificantes, vivencias enriquecedoras, grandes momentos que ficam para historia da nossa vida, lições sentidas mais nas acções ou testemunhos que em palavras de circunstância ou grandes teorias sobre a civilização…

Por isso, todos merecemos uma estátua numa praça vistosa ou numa rua sombria, uma singela homenagem, pela dedicação ou abnegado esforço que nos mereceu a vida, por termos resistido ao que ela nos exigiu, mesmo que não tenhamos sido bafejados pela sorte, ou nascido em berço dourado; pois a estirpe humana aperfeiçoa-se pela necessidade, motiva-se pela ambição desmedida dum horizonte qualquer, basta edificar o sonho assente no amor, e construiremos uma fortaleza indestrutível, sinal do nosso orgulho, rico espólio duma vida inteira, rosto de Deus!

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