A vida, numa semana, à procura dum destino!
Dia 1-1-2011 - Solenidade da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus
O primeiro do ano, início do ano civil. A pedido do Papa Paulo VI, a ONU transformou esta data em dia festivo para todas as nações. É dia da paz, da confraternização entre os povos, nações, culturas...
Para os cristãos, em especial, sabendo que a paz não é um sonho ou ideal: “O Natal do Senhor é o Natal da Paz!”, em Cristo, fruto abençoado no ventre de Maria, nem as tristezas e desilusões, angústias ou provações, poderão fazer-nos perder a paz!
Este dia assinala também o nono aniversário da morte de minha irmã, e o terceiro mês que Deus nos privou da companhia de meu pai, para eles, para os meus sogros, e todos os familiares ausentes, uma paz duradoura e um descanso eterno, na glória celeste!
"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. (Oscar Wilde)
O tempo vai desenrolando os anos, conservando a longevidade na memória, escrevendo páginas de acontecimentos, esboçando imagens, relatando histórias de uma vida abruptamente interrompida…
Um dia, abrimos os olhos, no fresco alvor de 2ª-feira, enfrentamos a chuva abundante que rega a azáfama do quotidiano. Abandonamos os bebés na creche, libertados para a labuta; desejando logo um recolhimento apressado pelas artérias congestionadas, na bruma que anuncia a noite, para nos quedarmos no conforto do leito, antes da próxima abordagem durante a madrugada…
A 3ª-feira amanhece fria, encandeada pela luz, numa secura que o vento enrijece e acentua, na preguiça de abraçar o buliço citadino. Passamos pela escola, paramos à beira do portão, acenamos aos homenzinhos antes de nos enfiarmos no escritório quentinho ou junto da quentura do fogão, num repetir contínuo do mister habitual…, ansiando que o abrupto poente nos devolva os filhos, o conforto do lar e o enlevo do amor paternal...
Chegamos ao meio da semana, com tanto ainda para desbravar, uma 4ª-feira que irrompe no cristalino despertar. Acordamos com o convite auspicioso do sol que nos seduz para um último fôlego, deixamos os miúdos no ATL e vamos para a clausura do trabalho, esperando que a vida pública os ajude a desenvencilhar das crispações verbais e dos confrontos fisicos, os ensine a crescer em força e sabedoria...
Eis mais um dia, uma 5ª-feira embrulhada na penumbra do cinzento que traz a aurora no segredo do casario; o Cristo Rei vai guiando o destino, mesmo distante do olhar e do abraço habitual, anónimos na berma da estrada ao encontro do transporte colectivo, vincando com teimosia a coragem no cansaço do corpo ao encontro do trabalho ou no regresso ao castelo, qual descanso do guerreiro, rei que volta para o nobre clã.
A 6ª-feira amanhece florida, com uma alvorada venturosa, o Cristo aponta agora o esplendoroso azul, cheio de vivacidade. Os planos e as malas estão já preparados para viajar pelas férias, um fim de semana por lugares distantes, espreitando paisagens desconhecidas, trilhando o abandono na claridade do tempo debruada sobre a vastidão da natureza...
Já extasiados por essa contemplação, acordamos no alvorecer de sábado, e recebemos a trágica notícia do falecimento de alguém que faz parte de nós, concebeu a vida, partilhou alegria e privações… Então, o dia esvai na saudade e no choro, na imensa dor que alastra pela alma e faz sangrar lágrimas envoltas de recordação... Seguimos a derradeira viagem pelas trevas, tentamos desvendar o mistério da vida, alcançar a luz gloriosa, sucumbimos extenuados, à espera que o sonho nos embale e devolva o ânimo...
Então, chegamos finalmente à alvura dum Domingo vigoroso, com o barulho das crianças que nos empurram para prosseguir a vida, as vozes dos que nos rodeiam envolvidas de amor e carinho, então recuperamos o entusiasmo, traçamos novas viagens, admiramos novas paisagens, o esplendor e a beleza da vida...
E neste fugaz passar dos dias, que vão acentuando o envelhecimento, vamos perdendo a inocência e apurando a maturidade... vamos seguindo o brilho da estrela guia, o exemplo dum santo protector, confiando na graça de Deus para nos abençoar o destino! Um Feliz ano novo…
O primeiro do ano, início do ano civil. A pedido do Papa Paulo VI, a ONU transformou esta data em dia festivo para todas as nações. É dia da paz, da confraternização entre os povos, nações, culturas...
Para os cristãos, em especial, sabendo que a paz não é um sonho ou ideal: “O Natal do Senhor é o Natal da Paz!”, em Cristo, fruto abençoado no ventre de Maria, nem as tristezas e desilusões, angústias ou provações, poderão fazer-nos perder a paz!
Este dia assinala também o nono aniversário da morte de minha irmã, e o terceiro mês que Deus nos privou da companhia de meu pai, para eles, para os meus sogros, e todos os familiares ausentes, uma paz duradoura e um descanso eterno, na glória celeste!
"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. (Oscar Wilde)
O tempo vai desenrolando os anos, conservando a longevidade na memória, escrevendo páginas de acontecimentos, esboçando imagens, relatando histórias de uma vida abruptamente interrompida…
Um dia, abrimos os olhos, no fresco alvor de 2ª-feira, enfrentamos a chuva abundante que rega a azáfama do quotidiano. Abandonamos os bebés na creche, libertados para a labuta; desejando logo um recolhimento apressado pelas artérias congestionadas, na bruma que anuncia a noite, para nos quedarmos no conforto do leito, antes da próxima abordagem durante a madrugada…
A 3ª-feira amanhece fria, encandeada pela luz, numa secura que o vento enrijece e acentua, na preguiça de abraçar o buliço citadino. Passamos pela escola, paramos à beira do portão, acenamos aos homenzinhos antes de nos enfiarmos no escritório quentinho ou junto da quentura do fogão, num repetir contínuo do mister habitual…, ansiando que o abrupto poente nos devolva os filhos, o conforto do lar e o enlevo do amor paternal...
Chegamos ao meio da semana, com tanto ainda para desbravar, uma 4ª-feira que irrompe no cristalino despertar. Acordamos com o convite auspicioso do sol que nos seduz para um último fôlego, deixamos os miúdos no ATL e vamos para a clausura do trabalho, esperando que a vida pública os ajude a desenvencilhar das crispações verbais e dos confrontos fisicos, os ensine a crescer em força e sabedoria...
Eis mais um dia, uma 5ª-feira embrulhada na penumbra do cinzento que traz a aurora no segredo do casario; o Cristo Rei vai guiando o destino, mesmo distante do olhar e do abraço habitual, anónimos na berma da estrada ao encontro do transporte colectivo, vincando com teimosia a coragem no cansaço do corpo ao encontro do trabalho ou no regresso ao castelo, qual descanso do guerreiro, rei que volta para o nobre clã.
A 6ª-feira amanhece florida, com uma alvorada venturosa, o Cristo aponta agora o esplendoroso azul, cheio de vivacidade. Os planos e as malas estão já preparados para viajar pelas férias, um fim de semana por lugares distantes, espreitando paisagens desconhecidas, trilhando o abandono na claridade do tempo debruada sobre a vastidão da natureza...
Já extasiados por essa contemplação, acordamos no alvorecer de sábado, e recebemos a trágica notícia do falecimento de alguém que faz parte de nós, concebeu a vida, partilhou alegria e privações… Então, o dia esvai na saudade e no choro, na imensa dor que alastra pela alma e faz sangrar lágrimas envoltas de recordação... Seguimos a derradeira viagem pelas trevas, tentamos desvendar o mistério da vida, alcançar a luz gloriosa, sucumbimos extenuados, à espera que o sonho nos embale e devolva o ânimo...
Então, chegamos finalmente à alvura dum Domingo vigoroso, com o barulho das crianças que nos empurram para prosseguir a vida, as vozes dos que nos rodeiam envolvidas de amor e carinho, então recuperamos o entusiasmo, traçamos novas viagens, admiramos novas paisagens, o esplendor e a beleza da vida...
E neste fugaz passar dos dias, que vão acentuando o envelhecimento, vamos perdendo a inocência e apurando a maturidade... vamos seguindo o brilho da estrela guia, o exemplo dum santo protector, confiando na graça de Deus para nos abençoar o destino! Um Feliz ano novo…
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