Sentida homenagem ao Padre Ricardo

Nascido a 19 de Fevereiro do longínquo ano de 1929, numa localidade que beneficiava da proximidade geográfica e da cristianização de Fátima, doze anos depois do acontecimento religioso que havia de marcar para sempre o rumo da evangelização daquela região e de todo o Portugal…

Foi em Carvalhal da Aroeira, nas franjas da Serra d’Aire, pertencente ao concelho de Torres Novas, que veio ao mundo, também ele rodeado duma simplicidade de vida e duma profunda devoção na fé, a que via professada pela família e era vivida naquele povoado…

Descoberta a sua vocação, seguiu o seu caminho na Igreja, uma extensa caminhada de aprofundamento doutrinal, vindo exercer o seu ministério sagrado para a margem sul, comunidade de operários, primeiro na Baixa da Banheira e mais tarde na Paróquia da Cova da Piedade...

Foi aqui que exerceu durante este tempo, desde 1975, o seu sacerdócio, pôs ao serviço dos homens a sua forte personalidade, com uma vincada preocupação social, construindo uma obra vastíssima, com 7 Equipamentos, direccionados para as mais variadas respostas sociais, desde bebés até aos mais idosos, sem esquecer os mais desfavorecidos e as crianças em situação de risco…

Mas, depois de alcançar este rico pecúlio e sementeira, Deus quis chamá-lo de forma inesperada, vindo a falecer, no dia 19/12/2011, de forma trágica e repentina, vítima de uma queda, depois de ter recebido assistência hospitalar, deixando consternadas todas as pessoas e paroquianos da sua relação e toda a comunidade que lhe tinha estima e gratidão pela sua dimensão social e humana…

As cerimónias funebres foram inundadas por uma multidão, que lhe quis demonstrar afeto e prestar-lhe uma última e sentida homenagem. Foi na Igreja de Nossa Senhora de Fátima que o acolhemos numa calorosa e intercedente Oração; regressando ao seu torrão natal, rodeado de carinho e saudade, na presença de muitas pessoas e familiares. 

Pelo seu inigualável trajeto de vida, pelo seu grande alcance social, pelo seu grande carisma e grandiosidade, pela convivência e memórias partilhadas e outras cumplicidades, certamente que o guardaremos para sempre no nosso coração…

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