A Inocência é ser pequeno e grande

Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV, mas apenas foi definida como dogma pelo papa Pio IX em 8 de Dezembro de 1854.
Foi nas cortes de el-rei D. João IV, em 1646, que se declarou a Virgem Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Reino de Portugal, tornando permanente a devoção pela sua presença protectora em vários momentos da história.


As páginas da minha infância não tinham muitas letras nem páginas coloridas, apesar do esplendor dos desenhos, mas, talvez pela simplicidade, guardei todas as palavras e ilustrações desses cadernos de histórias…

Raramente entrava no olhar dos meus pais ou contemplava o talento da natureza, mas havia um brilho de inocência, uma alegria que irradiava em tudo o que me rodeava…


Depois a vida esmorece e alheia-se dos tímidos aventureiros ou até mesmo dos mais audazes… Na verdade, aprendi com o lado cinzento do quotidiano cosmopolita, mas não mudei, contínuo sensível à inocência e à meditação… 

Mas a inocência não é um olhar cândido ao que temos cá dentro, é antes um olhar longo e aberto, e ser pequeno! Ser precioso para alguém, deixar que a beleza se sobreponha à razão, escutar primeiro o que se sente...

Ser inocente é estar atento, mesmo que os outros ponham em tanta dúvida o que supúnhamos saber, ou que os acontecimentos nos deixem o coração ao relento…
Talvez só os sábios sejam inocentes, porque nos comovem e apelam à sensibilidade, não só pelo que sabem mas pela alienação e extasio que revelam pela vida…

São todas as palavras e imagens que vão enchendo páginas, descrevendo trechos de amargura ou lampejos de magia, que vão escrevendo o livro da minha vida…


(Baseado no livro de Eduardo Sá - Crianças para sempre)

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