Vogando pela vastidão do mar…!

Hoje é dia da Ascensão de Jesus, com seu corpo físico, ocorreu no quadragésimo dia após a ressurreição, na presença de onze de seus apóstolos.  A Ascensão é celebrada sempre a uma quinta-feira e é uma das principais festas cristãs, remontando ao final do século IV. Pode considerar-se como um dos cinco grandes marcos da vida de Jesus, a par do batismo, transfiguração, crucificação e ressurreição.
Em todas as épocas que refletimos sobre o relacionamento entre pais e filhos, temos necessidade de reinventar um novo paradigma para sustentar a realidade, explicar a mudança relacional. 
É inevitável que a sociedade vá atualizando valores e flagelos, moldados à atualidade: pressão económica, dificuldade laboral, instabilidade conjugal (aumento de divórcios), frequentes mudanças de casa, diminuição do suporte social (vizinhos ou família alargada), o fim das utopias…
E como se poderia evitar que essas alterações não tivessem repercussões nas crianças e nos adolescentes? Que fazer então?

Temos consciência que é decisiva uma infância organizada à volta do amor e da disciplina, como garante de uma adolescência saudável e de um futuro mais auspicioso. Mesmo explorando novas formas de diálogo entre pais e filhos, não se deve abdicar de alguma autoridade face a uma incontornável conflitualidade quotidiana: horários, dinheiros, prémios e castigos, internet, sexo, álcool, drogas e emancipação em geral...

E os pais de hoje perdem-se, com frequência, no mar desconhecido das relações com as suas crianças e adolescentes, pois mesmo que tenha crescido o interesse e preocupação dos progenitores, continuamos a observar maltratos e desvios de comportamentos sociais por parte dos mais novos.

E como poderão os pais "lavrar" este mar, cada vez mais tumultuoso?
Na verdade, a maioria dos conflitos caseiros nada tem a ver com saúde mental, nem na aparente falta de medidas autoritárias na família ou na escola, porque hoje, é cada vez mais difícil obter resultados através de um progressivo endurecimento de proposições ou de diretrizes não explicadas, tal só fomenta respostas mais agressivas ou ruturas sem possibilidade de entendimento.

Contudo, devem manter-se patamares mínimos de exigência em relação a: limites ou regras, linguagem sem freio, agressão física a pais e professores, inversão duma saudável hierarquia…

O caminho é complexo, mas possível, para termos melhores adolescentes, com menos problemas no seu interior e mais capacidade de relacionamento, uma sociedade feliz!
Desde logo é preciso instruir na fé, incutir valores cristãos, semear concórdia, aplicar regras e proibições, um q.b. de orgulho e caridade, confiar nas mãos de Deus!

Baseado no livro “Lavrar o Mar” de Daniel Sampaio

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Os tons do outono!

Um Verão na aldeia da serra do Açor!

No alto do Açor!