Ser livre...!
O evangelho de são Marcos, mais curto se comparado aos demais, traz uma visão de quem conviveu e acompanhou Jesus quando era ainda criança. Marcos, era judeu, da tribo de Levi, e terá sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro dos apóstolos, foi lá, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e onde os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar, especialmente Alexandria, onde fundou uma das igrejas mais florescentes. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas para Veneza, cidade que é sua guardiã e que o tomou como padroeiro desde o ano 828.
Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os
contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada,
no fim, senão o entendimento de tudo - quando o homem se ergue a este píncaro,
está livre, como em todos os píncaros, está só, como em todos os píncaros, está
unido ao céu, a que nunca está unido, como em todos os píncaros. Fernando Pessoa
Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar. Dalai Lama
Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios. Augusto Cury
“Estavam sentados junto ao fogão da sala de visitas. A mãe mandou-me para a cama, mas eu insisti tanto para ficar que a minha avó foi buscar uma manta, embrulhou-me nela e deitou-me no sofá, em frente ao fogão. Fiquei acordado durante bastante tempo. Agora também a minha mãe tricotava uma camisola para a minha irmã, o meu pai continuava a ler, a lenha crepitava no fogão, ornado de azulejos. Havia um calor bom, uma serenidade, como se aquela sala fosse inviolável e aquela paz indestrutível. Ninguém diria que uma ameaça pairava sobre a casa e que eles tinham decidido ficar acordados durante toda a noite para não serem apanhados desprevenidos…
…Já quase a adormecer senti uma inexplicável tranquilidade.
Era talvez a certeza de que a eternidade estava dentro daquela noite e nunca
nada a apagaria. Sentados à volta do fogão, eles eram para mim a única ordem
possível no mundo. De certo modo eles eram dois guerreiros de algo que não
tinha nome e para mim se confundia com a casa, com alma e com o que eu então
julgava ser a eternidade…”
Este excerto retirado do livro “Alma” de Manuel Alegre, retrata uma época em que não havia liberdade de expressão política, o povo vivia com mais cumplicidade aquela espécie de exaltação enclausurada de Portugal; também por isso se valorizava a audácia de quem se aventurava a enfrentar o marasmo e a ordem social...
Também eu recordo o meu pai, a fazer anos por estes dias de Abril (28), como figura maior dum Portugal pobre, dum carácter forte na luta contra as adversidades, intrépido a percorrer o destino, apesar do seu recatado insurgir popular...
“Estavam sentados junto ao fogão da sala de visitas. A mãe mandou-me para a cama, mas eu insisti tanto para ficar que a minha avó foi buscar uma manta, embrulhou-me nela e deitou-me no sofá, em frente ao fogão. Fiquei acordado durante bastante tempo. Agora também a minha mãe tricotava uma camisola para a minha irmã, o meu pai continuava a ler, a lenha crepitava no fogão, ornado de azulejos. Havia um calor bom, uma serenidade, como se aquela sala fosse inviolável e aquela paz indestrutível. Ninguém diria que uma ameaça pairava sobre a casa e que eles tinham decidido ficar acordados durante toda a noite para não serem apanhados desprevenidos…
…Já quase a adormecer senti uma inexplicável tranquilidade.
Era talvez a certeza de que a eternidade estava dentro daquela noite e nunca
nada a apagaria. Sentados à volta do fogão, eles eram para mim a única ordem
possível no mundo. De certo modo eles eram dois guerreiros de algo que não
tinha nome e para mim se confundia com a casa, com alma e com o que eu então
julgava ser a eternidade…”
Este excerto retirado do livro “Alma” de Manuel Alegre, retrata uma época em que não havia liberdade de expressão política, o povo vivia com mais cumplicidade aquela espécie de exaltação enclausurada de Portugal; também por isso se valorizava a audácia de quem se aventurava a enfrentar o marasmo e a ordem social...
Também eu recordo o meu pai, a fazer anos por estes dias de Abril (28), como figura maior dum Portugal pobre, dum carácter forte na luta contra as adversidades, intrépido a percorrer o destino, apesar do seu recatado insurgir popular...
Também eu recordo o meu pai, a fazer anos por estes dias de Abril (28), como figura maior dum Portugal pobre, dum carácter forte na luta contra as adversidades, intrépido a percorrer o destino, apesar do seu recatado insurgir popular...
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