O querido mês de agosto... na aldeia!
A madrugada ainda tecia o encanto dum novo amanhecer, quando partimos da cidade , pelas longas avenidas, levando a rotina para os braços da ociosidade... O luzidio que emergia no estuário, acariciou os arcos férreos da vila franca, rasando as lezírias do ribatejo, voando pelos aires até ao monte das oliveiras, iluminando a Senhora dos céus … Desviamos pelo interior ao encontro dos pinhais das beiras e dos verdejantes socalcos de Arganil . Subimos então aos confins, serpenteámos colinas, admirando a lonjura do horizonte e deslizámos até às profundezas do Açor, onde uma pequena aldeia se escondia perto duma ribeira... Enquanto o sol não esmaecia íamos gelar nas águas fluviais ou procurávamos as sombras dos castanheiros … Os aldeões sufragavam o pranto nas idas à capela , depois da labuta lhes desbravar o aprumo, enquanto nós ansiávamos consolação para o queixume... No picos da alta cordilheira as ventoinhas rodopiavam num carrossel majestoso ao sabor do vento, o poente