Férias de sonho: viajar pelos confins do mundo ou de nós mesmos!

Pertencemos a um país que está na moda, somos um destino turístico apetecido, invadido por muitos povos que nos querem conhecer ou têm o desejo de visitar!
Todo o enlevo deste esguio território, aparado por um mar que sempre nos seduziu à aventura, repleto de província, de gente e trejeitos arreigados na simplicidade e abandono, adornado por uma natureza silvestre, foi tudo o que resultou deste isolamento no tempo, distantes dos acontecimentos mais sonantes e da luxúria da civilização…
 
Portugal oferece um prazer irrecusável que enfeitiça de uma maneira especial; mesmo aqueles que habitam longe têm como objetivo voltar ao encontro dos encantos particulares do nosso país; os que cá vivem o ano inteiro, lidam muito bem com isso!
Claro que há sempre alguns portugueses que gostam de atravessar fronteiras e viajam pelo mundo, à descoberta de outros lugares ou emoções sob o pretexto de alguns dias de férias. Claro que nos queixamos muito da monotonia da paisagem, da inconstância do clima, do alto preço dos combustíveis ou do consumir dispendioso, mas tudo isso já nos acompanha os genes: lamentar o triste modo de vida, desvalorizar o que sempre nos habituámos a ter como adquirido.
É-nos mais difícil ver o que os outros vêem imediatamente: as horas e a claridade do sol, o sabor do pão, o linguajar dos nativos, a complacência dos mais velhos, a pacatez de toda uma comunidade, a maravilha que ainda se encontra neste modesto recanto ocidental!
O lusitano sempre foi casta aventureira, entregue a descobertas colossais ou proezas individuais, exposto à cultura universal. Mas, atualmente, quando o planeta atinge um desmedido grau de saturação ambiental, quando todos já cruzaram distintas milhas nos céus, navegaram por múltiplas léguas submarinas, é que se valoriza mais o sossego e o recolhimento da pátria, o aconchego da natureza que resta nesta vastidão!
É mais fácil ceder ao fascínio que precede a euforia ou atenua a prostração, porque todos necessitamos de espiritualidade, sem precisar da lonjura ou fantasia, apenas da intimidade do ser!

Santo Francisco e Santa Jacinta | 20 Fevereiro

Foi no longínquo ano de 1908, que nasceu Francisco Marto, dois anos mais cedo que Jacinta, os mais novos de nove irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses sofreria uma grande transformação com as diversas aparições: O mistério da Santíssima Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de Jesus e de Maria, a conversão, a penitência… Tudo isso e muito mais lhes foi revelado pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário, nas diversas aparições.

Jacinta Marto, modelo de amor, acolheu a dor na grave enfermidade. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro 1920, ela partiu para a Glória. No dia 13 de maio 2000, o Papa João Paulo II esteve em Fátima, e do ‘Altar do Mundo’ beatificou Francisco e Jacinta, os mais jovens beatos cristãos não-mártires. Papa Francisco canonizou os dois pastorinhos no dia 13 de Maio 2017, durante a sua visita a Portugal por ocasião das comemorações do Jubileu de 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima.

Santo Francisco e Santa Jacinta, rogai por nós!

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