Sossega, coração! Não desesperes!
Andamos pelas ruas confluentes da cidade como se caminhássemos por lugarejos tranquilos do interior do país, percorremos o vazio das ruas, num silêncio hostil ao contentamento, de corpo esmorecido ao padecimento, afastado da gente que se atravessa no horizonte. Em tempo algum fomos tão adeptos das redes sociais, demos tanto uso às conexões virtuais, viajámos pelo ciberespaço, atrás da comunicação e entretenimento ou tivemos o ensejo de permanecer no lar, tão absortos de ócio mas libertos para o lazer e inspiração! É certo que rezamos pela legião da saúde que defronta a terrível maleita e todas as acostumadas enfermidades, por todos os trabalhadores que continuam a sacrificar-se pelo fornecimento dos bens essenciais, prestadores de cuidados e afetos, que tudo fazem pela sustentação duma rotina e moralização da sociedade… Mas o planeta agradece esta pausa, para simplesmente seguir os trâmites da rotatividade cósmica, para que a natureza floresça no hemisfério mais a norte, n